Yu-Gi-Oh TCG

Opinión

Yu-Gi-Oh! TCG: Análise da Banlist de Dezembro 2023

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Neste artigo, farei uma análise da banlist do Yu-Gi-Oh!TCG de dezembro de 2023, que entrará em vigor a partir do dia 01 de janeiro de 2024.

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revisado por Tabata Marques

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Introdução

Apesar de estarmos vivenciando um formato bastante democrático, já se passaram cerca de três meses desde a última banlist, e muitos jogadores já esperavam por mais uma atualização na lista de cartas proibidas e limitadas. Assim, em 19 de dezembro de 2023, a Konami divulgou uma banlist nova para o Yu-Gi-Oh! TCG.

A banlist nova entrará em vigor a partir do dia 01 de janeiro de 2024 e promete influenciar bastante o estado do jogo, uma vez que afetou os decks principais do meta, trouxe de volta ao jogo cards potencialmente “problemáticos” e mexeu em mecânicas que pareciam intocáveis anteriormente.

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Confira a seguir todas as mudanças para o formato novo do Yu-Gi-Oh! TCG.

Proibidas

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Agido the Ancient Sentinel e Kelbek the Ancient Vanguard foram os grandes responsáveis pela ascensão do Tearlaments ao posto de tier 0, e, apesar de terem sido limitados, após o banimento do Kashtira Arise-Heart eles são os cards que desequilibram as partidas a favor do Tearlaments.

O banimento desta dupla é muito interessante para o jogo, uma vez que diminui a consistência do Tearlaments para retirá-lo do metagame, mas sem inutilizar este deck completamente.

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Mathmech Circular é um card que levou seu arquétipo ao nível competitivo e, apesar de nunca ter se consolidado como o deck principal de um formato, sempre esteve entre os melhores. Devido a isso, Mathmech Circular foi limitado há alguns meses, e desde então seu deck caiu bastante em representatividade nos torneios grandes.

Seu banimento agora é uma surpresa, já que no momento este card não tem relevância competitiva. Porém, vejo este hit com bons olhos, uma vez que o “Circular” é um card absurdo e extremamente genérico, foi utilizado em diversos decks do tipo cyberse e também em decks focados em xyz classe 4.

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Para muitos, o banimento da Isolde, Two Tales of the Noble Knights era uma questão de tempo desde que fora lançada, e agora essa teoria se confirma. Além de ser essencial para a consistência do Infernoble Knight, um deck que esteve bem presente entre os melhores atualmente, “Isolde” foi a peça chave em combos de FTK durante o formato, e é definitivamente o melhor banimento desta lista.

Limitadas

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O retorno da Orcust Harp Horror é algo muito aguardado pelos fãs deste arquétipo. Para falar a verdade, poderia ter acontecido há bastante tempo. Apesar desse retorno deixar a estratégia do Orcust mais consistente, este deck muito provavelmente não estará no meta, devido a anos de powercreep.

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Como já era esperado, mais um Dragon Ruler sai do banimento e retorna para o jogo, apesar de limitado a 1 cópia. Dessa vez, Redox, Dragon Ruler of Boulders foi escolhido. A relevância desse retorno deve ser mínima, assim como a dos demais companheiros deste arquétipo que voltaram do banimento.

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Rescue-ACE Air Lifter é um hit direto na consistência do deck mais representado dos últimos YCS’s. Acredito que seja uma decisão bem interessante, pois, apesar de não retirar este deck do meta, afeta o único “1 card combo” deste arquétipo, deixando este deck um pouco menos eficaz.

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A limitação do Unchained Soul of Sharvara é um prejuízo e tanto para o Unchained, que, além de ter seu número de “starters” afetado, perde muito em resiliência, e terá mais dificuldade em formar um campo com a presença do D/D/D Wave High King Caesar. Ao que tudo indica, o Unchained deixa de ser meta, e volta a ser apenas mais um entre os vários decks rogue do Yu-Gi-Oh! TCG.

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Temos mais um hit duplo, e novamente envolve restrições “atrasadas”. Rikka Sunavalon é o campeão atual do continental europeu, e é considerado por muitos um deck opressivo, que precisa ser “controlado” pela banlist mesmo sem estar no topo do metagame.

A limitação de seus dois link-1 é uma decisão excelente, conservando a capacidade deste deck de construir o mesmo campo de antes, mas agora ele terá menos resistência a interações.

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Ib the World Chalice Justiciar é uma das cartas mais controversas entre as que retornam nessa banlist, uma vez que historicamente sempre esteve envolvida em combos prejudiciais à saúde do jogo. Apesar disso, acredito que seu retorno não terá a mesma relevância que a levou ao banimento no passado.

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Continuando com cards controversos, Snatch Steal é mais um deles. Este card se destaca por ser um card que foi banido do jogo mais de uma vez, e agora tem a oportunidade de passar pelo seu terceiro banimento. Particularmente, apesar de se tratar de um card com uma mecânica muito forte, acredito que só causaria problemas se o formato se orientar à sua volta, com os jogadores focando suas techs em cards que roubam monstros do oponente.

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Chegamos à maior surpresa da banlist. A limitação do trio de floodgates principal do jogo é algo que muitos jogadores desejavam, mas ninguém acreditava que a Konami um dia faria. Vejo essas limitações como um avanço na mentalidade dos responsáveis pelo jogo, pois acredito que a redução de cards anti-jogo é benéfica ao formato e aos jogadores.

Semi-limitadas

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Dinowrestler Pankratops é um retorno que a comunidade pede há muito tempo, pois, num mundo no qual o Kashtira Fenrir está livre, não faz sentido manter o “Pankratops” restrito. Devido a isso, acredito que essa semi-limitação é um teste, e é possível que este card posteriormente retorne à liberdade total.

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Speedroid Terrortop foi limitado por ser um starter genérico em decks que se aproveitavam do efeito do M-X-Saber Invoker. Porém, uma vez que ele está banido, não há necessidade de manter a restrição deste card. Além disso, existem no jogo outras engines genéricas capazes de colocar dois monstros de nível 3 em campo, e as mesmas não estão sendo relevantes no metagame.

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A semi-limitação da Purrely Sleepy Memory é um pequeno prejuízo para a consistência do Purrely, por diminuir um pouco o acesso deste deck a um dos cards principais deste arquétipo. Porém, vejo esse prejuízo como algo mínimo, e acredito que não terá grande influência no desempenho deste deck no formato novo.

Ilimitadas

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Infernity Archfiend totalmente livre da banlist é um acontecimento que pode assustar jogadores mais antigos, porém, acredito que, devido à quantidade de handtraps que utilizamos a hoje em dia, este deck não terá a relevância que já teve anos atrás, uma vez que possui pouca resistência às techs “anti-combo” principais.

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Passar de 2 a 3 cópias não parece muito, mas o retorno do Kashtira Unicorn à liberação total é algo que pode influenciar a popularidade da engine Kashtira nos decks mais diversos, e pode até mesmo aumentar a representatividade do próprio deck Kashtira como uma espécie de anti-meta no formato. Porém, em resumo, não acredito que este card será relevante a ponto de precisar ser mexido novamente.

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A liberação da Mind Control possui relevância parecida com a do Snatch Steal, uma vez que possuem basicamente o mesmo efeito. Entretanto, na prática, se trata de um card menos prejudicial por contar com mais restrições.

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Outra liberação que muitos pediam e ninguém achava que a Konami faria é a do Pot of Desires, que, apesar de ser considerado por muitos uma carta ruim por conta do seu custo de banir 10 cards, é, na verdade, uma carta de consistência excelente. Porém, é balanceada, devido ao seu custo alto.

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Muito se falou quando a Spellbook of Judgment foi liberada a 1 cópia, mas as expectativas não foram atendidas e este card não teve nenhuma relevância competitivamente. Assim, sua liberação total é apenas uma forma de enxugar a banlist ao retirar dela cards que não influenciam mais o metagame atual.

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Como já dito anteriormente, mudar uma carta de 2 cópias para 3 não é tão relevante assim, porém, o retorno da Spright Starter a 3 cópias e o enfraquecimento dos decks principais do formato podem ser o suficiente para que os jogadores voltem a olhar para este deck, dando a ele uma oportunidade nova de brilhar.

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No passado, Upstart Goblin era essencial para a consistência da maioria dos decks, e cada cópia dela num deck era considerado um card a menos; ou seja, decks com um trio de “Upstart’s” usavam 37 cartas seguindo essa lógica. Isto porque se tratava de um card que não valia a pena ser negado, e, consequentemente, o oponente sempre deixaria ele resolver. Isso permitia seu controlador o trocar por outra carta, diminuindo assim a quantidade de cartas em seu deck.

Porém, apesar da Upstart Goblin ainda ter a vantagem de acelerar seu deck quando você joga em primeiro atualmente, comprar cópias de “Upstart” ao invés de tech cards ao jogar em segundo pode ser um fator crucial para sua derrota. Além disso, a popularidade do Droll & Lock Bird é outro fator que diminui bastante a eficácia deste card.

Sendo assim, acredito que ele só será utilizado em decks muito específicos, e muito provavelmente não terá relevância competitiva.

Opinião Geral Sobre a Banlist

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O metagame do Yu-Gi-Oh! TCG estava aberto e de certa forma balanceado, exceto por algumas interações injustas que rondavam o formato. A expectativa para esta banlist era de restringir power cards, como Pot of Prosperity, Kashtira Fenrir e também cartas que possibilitam FTK’s. Porém, essas mudanças não foram completamente atendidas, e a banlist liberou mais cartas do que restringiu.

Os 3 decks principais do formato sofreram restrições pontuais. Unchained e Tearlaments devem cair para o patamar de decks rogue, enquanto o Rescue-Ace, apesar de enfraquecer, muito provavelmente se manterá como tier 1. Outro ponto interessante que impacta o metagame diretamente é o banimento da Isolde, Two Tales of the Noble Knights, e, devido a esse hit, o Infernoble Knight é mais um dos decks que compõem o metagame que tende a cair de efetividade.

Acredito que os decks principais no início do próximo formato serão Rescue-Ace e Labrynth. Além disso, também vejo potencial em decks como Centur-Ion, Fire King, Purrely e Spright.

Assim, considero essa banlist boa, pois, apesar de não resolver todos os problemas do jogo, aplicou restrições boas em decks que vinham tendo muita representatividade nos últimos meses e lidou com cards problemáticos, mesmo que com um certo atraso. Darei destaque para a limitação das floodgates, que foi algo que nem o jogador mais otimista esperava nesse momento.

Além disso, foram liberados a 3 cópias diversos cards que não tinham mais necessidade de estarem restritos, algo que considero excelente para “desinchar” a banlist, mantendo nela apenas as cartas que impactam o jogo negativamente na atualidade.

Conclusão

Mas e você, o que achou da banlist? Sentiu falta de alguma carta? Deixe sua opinião nos comentários.

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