Introdução - Entendendo o Contexto
O metagame do Yu-Gi-Oh! encontra-se bem definido, apesar de estarmos vivenciando um formato “aberto”, principalmente se comparado ao formato passado.
Atualmente, 5 decks se destacam dos demais e compõem o que podemos chamar de tier 1, são eles:
- Kashtira;
- Despia;
- Spright;
- Labrynth;
- Naturia Runick.
Apesar disso, algo que ainda não parece ser um consenso entre os jogadores é a melhor abordagem na escolha de suas tech cards. Algns preferem handtraps, outros preferem board breakers e há também aqueles que utilizam ambas ao mesmo tempo!
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Assim, neste artigo irei analisar as vantagens e desvantagens de cada abordagem, além de dizer qual delas é a melhor para cada um dos principais decks do formato.
Handtraps
Handtraps são cartas que podem ser ativadas da mão em resposta à alguma ação do oponente. Seu objetivo é interromper o combo do oponente, ou pelo menos baixar o teto de suas jogadas.
Vantagens
Conhecidas por “não deixar o oponente jogar”, o principal ponto das handtraps é impedir que o oponente complete seu combo, pois, se ele encerrar o turno com um campo mais fraco, você terá mais chances de superá-lo usando apenas a engine do seu deck no turno seguinte.
E uma vez que estamos num formato onde o Kashtira pode bloquear todas as suas zonas e o Despia pode te impedir de realizar invocações-especiais, as handtraps se tornam uma forma de você não tomar um “FTK”, que significa “Matar no Primeiro Turno” (First Turn Kill). É uma sigla para se referir ao ato de tirar os 8000 pontos de vida do oponente ainda no primeiro turno do duelo. Também pode se referir a fazer um campo tão forte, que o oponente não tem chances de quebrá-lo.
A grande vantagem das handtraps é a sua capacidade de serem ativadas da mão, o que garante uma boa versatilidade, pois serão úteis quando você joga em primeiro e também quando joga em segundo. Além disso, estando em sua mão, são menos vulneráveis que cartas armadilhas tradicionais, que precisam estar em campo para serem ativadas, o que as deixa vulneráveis à qualquer “Backrow removal”.
Desvantagens
Mesmo com a fama de “impedir o oponente de jogar”, as handtraps mais genéricas são de baixo impacto, e as de maior impacto são bem mais específicas, sendo assim, cartas mais comuns nos side decks. Devido a isso, na grande maioria das vezes, você precisa de múltiplas handtraps para realmente atrapalhar os principais decks, que são cada vez mais resilientes, e muitas vezes você apenas evita “o mal maior”, mas ainda terá que lidar com o "plano B" do oponente.
Além de precisar de múltiplas handtraps, você precisa que elas sejam úteis contra o deck que estiver enfrentando, então, a metacall é de extrema importância. Por conta disso, são as handtraps de baixo impacto, porém mais genéricas que são utilizadas na maioria dos main decks.
Apesar de menos vulneráveis por serem interações que vem da mão, existem cartas para “punir” as handtraps do oponente e, apesar de serem poucas, são muito fortes e estão sendo bem utilizadas no formato atual.
Board breakers
Board breakers são cartas com um efeito que permite a você “quebrar o campo do oponente” ao neutralizar o campo final que ele fez.
Vantagens
O principal objetivo dos board breakers é “quebrar campos” já estabelecidos, seja destruindo cartas, negando efeitos de monstros e até mesmo inutilizando ou removendo cartas do campo de outras formas. Na maioria das vezes, o grande ponto é utilizar uma única carta para lidar com vários cards do seu oponente.
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Outro fator importante que justifica o uso dos board breakers é a alta resiliência de alguns decks, além da capacidade de jogar em volta de handtraps. Dessa forma, muitos jogadores veem nos board breakers uma forma mais segura de interação.
A maior vantagem dos board breakers é que alguns deles são muito bons contra o Kashtira, principal deck do formato e praticamente garantem a vitória contra o deck, porém, é necessário ter cuidado e usar board breakers que funcionem mesmo que todas as suas zonas de magias/armadilhas estejam bloqueadas.
Desvantagens
Como já mencionado, a maior desvantagem do uso de board breakers é que seu oponente tem a oportunidade de realizar seu full combo com a maior facilidade do mundo, e se esse full combo é do tipo que aplica um “FTK”, você vai perder o duelo sem ter a oportunidade de jogar.
Além disso, dependendo do deck que você está enfrentando e do campo que seu oponente fez, assim como com as handtraps, você também pode precisar de múltiplos board breakers. E mais, assim como se pode jogar em volta de handtraps, também é possível jogar em volta de boardbreakers. Portanto, é necessário estar atento às maneiras de se counterar os board breakers que você está usando.
Outra desvantagem, mas menos relevante que as anteriores, é se você for colocado para jogar primeiro quando está com múltiplos board breakers totalmente orientados a jogar em segundo, já que eles estarão “mortos” em sua mão, por precisarem que seu campo esteja livre de outras cartas para serem utilizados, por exemplo.
Qual a melhor abordagem?
Em resumo, as handtraps servem para você prevenir que seu oponente faça um campo muito forte, enquanto os board breakers servem para te ajudar a “desmontar” o campo que seu oponente fez.
Levando em consideração tanto os pontos positivos quanto os pontos negativos de ambas as abordagens, finalmente podemos dizer que a melhor abordagem depende de alguns fatores, como o estilo de jogo do seu deck, o espaço disponível para techs e até mesmo a sua própria maneira pessoal de jogar.
Para facilitar a compreensão, deixarei minha opinião sobre a melhor abordagem para cada um dos principais decks do formato!
Kashtira
O Kashtira consegue facilmente utilizar 12 techs na maioria de suas listas, isto sem contar com a Forbidden Lance, que é usada para proteger seus monstros.
Assim, acredito que a melhor opção é preencher esse espaço com 12 handtraps, pois a engine do deck é bastante agressiva e te permite quebrar campos através do Kashtira Fenrir e do Kashtira Unicorn. Além disso, nesse deck, as handtraps de nível 3 podem ser usadas para você invocar a Baronne de Fleur.
Despia
O Despia possui ainda menos espaço para techs, sendo cerca de 10 cards, e a melhor opção para o deck é a mistura entre handtraps e board breakers.
Isto porque o deck é bem sensível ao lock do Kashtira, e precisa garantir que não terá suas zonas de magias/armadilhas bloqueadas com pelo menos uma interação durante o turno do oponente. Por não possuir tanto espaço para abrir com múltiplas handtraps com frequência, precisa de board breakers para garantir que conseguirá jogar no seu turno.
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Spright
O Spright possui muitas variantes, umas com bastante espaço para techs e outras com pouco espaço.
As variantes de Live Twin e Melffy podem usar facilmente 15 techs, e com um número tão alto disponível, a melhor abordagem é a de handtraps, uma vez que você sempre terá boas chances de abrir com múltiplas delas.
Já as variantes de Adventure Token e Runick possuem pouco espaço, por isso se dão melhor usando uma mescla entre handtraps e board breakers.
Labrynth
Além de não ter muito espaço para techs, o Labrynth funciona de uma forma diferente por ser um deck focado em traps.
A melhor abordagem para o deck é o uso de board breakers de alto impacto, como Evenly Matched e até mesmo cards como Lava Golem e The Winged Dragon of Ra - Sphere Mode. Estes últimos podendo ser utilizados mesmo após ter todas as zonas bloqueadas.
Naturia Runick
Naturia Runick é um deck com pouco espaço para techs, e por conta disso, assim como o Labrynth, se dá bem com o uso de board breakers de alto impacto como a Evenly Matched.
Porém, não pode usar cards que impeçam sua normal summon e, por isso, Kaijus são muito bem utilizáveis no deck. Além disso, o deck conta com board breakers em sua engine que te ajudam a quebrar o campo do oponente.
Conclusão
Para finalizar, acredito que mesmo decks focados em board breakers deveriam usar a Ash Blossom & Joyous Spring, que é a melhor handtrap do formato e faz trocas muito boas com todos os principais decks. No mais, acredito que o estilo do deck e o gosto pessoal do jogador também tem influência sobre o sucesso da abordagem escolhida.
Mas e aí, qual abordagem você utiliza no seu deck? Conte aqui nos comentários.
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