Sobre o Yu-Gi-Oh!
Yu-Gi-Oh! nasceu como uma série de mangá escrita e ilustrada por Kazuki Takahashi, originalmente publicada pela editora Shueisha na revista Wheekly Shōnen Jump de 1996 a 2004.
Devido ao sucesso da série de mangá, foi produzida uma adaptação em anime pela Toei Animation com o mesmo nome e contando com 27 episódios, tendo ido ao ar de 4 de abril de 1998 a 10 de outubro do mesmo ano.
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Porém, o que popularizou a franquia Yu-Gi-Oh! foi uma segunda série de anime intitulada Yu-Gi-Oh! Duel Monsters, desta vez produzida pela Nihon Ad Systems e animada pelo Studio Gallop. O novo anime contou com 224 episódios e foi ao ar entre abril de 2000 e setembro de 2004. A partir dele, a franquia Yu-Gi-Oh! cresceu bastante e gerou diversos spin-offs, jogos de vídeo game e o tão querido Trading Card Game.
Yu-Gi-Oh! Trading Card Game
Devido ao grande sucesso dessas obras, Kazuki Takahashi decidiu criar o jogo de cartas colecionáveis de Yu-Gi-Oh! E apesar da inspiração no fictício “monstros de duelo”, o card game real é bem diferente do que vimos na série de anime e mangá.
A principal razão dessas diferenças ocorrem porque o card game real levou algum tempo para definir suas regras, que tinham o objetivo de organizar e se adaptar melhor ao cenário competitivo que estava se formando e prometia crescer bastante. Além disso, há também aqueles que acreditam que o anime precisava se manter um pouco distante das regras reais do card game para ter mais liberdade criativa e gerar maior interesse do público em assistir a animação.
Apesar disso, as duas versões do jogo possuem o mesmo objetivo principal, que é uma competição entre dois duelistas que disputam entre si usando seus decks - que podem conter uma variedade de cartas de monstros, magias e armadilhas, para derrotar o oponente e ser o primeiro a deixar o adversário com 0 pontos de vida.
Impacto do anime e mangá no Yu-Gi-Oh! TCG
O anime de Yu-Gi-Oh! foi um verdadeiro divisor de águas para a franquia, sendo capaz até mesmo de influenciar a história do mangá, que inicialmente focava em diversos tipos de jogos, e só deu espaço de fato aos Monstros de Duelo a partir do capítulo 60. Desde então, o foco da história passou a ser o jogo de cartas. Uma decisão tomada com a finalidade de tornar a franquia mais atrativa ao público infanto-juvenil e promover o card game.
Após as séries de anime e mangá passarem a focar no jogo de cartas, houve uma necessidade natural de criar novos personagens e, consequentemente, novos decks. Se no início os principais personagens como Yugi Muto e Seto Kaiba utilizavam decks com diversos monstros que não possuíam uma relação entre si, novos personagens passaram a surgir usando decks temáticos, como, por exemplo, Weevil Underwood com seu deck focado em insetos e Rex Raptor com seu deck de dinossauros. Vejo isso como uma forma de facilitar a inserção de novos duelistas na série de anime e mangá e, além disso, é uma maneira de tornar esses personagens mais marcantes.
Outro ponto que vale destacar, é que esses decks temáticos claramente serviram para inspirar a criação dos arquétipos que se tornaram bastante relevantes a partir do anime Yu-Gi-Oh! GX, e até hoje são o principal foco do card game de Yu-Gi-Oh!. Assim, além de estarem ligados por uma temática, os novos decks possuem cartas com efeitos que interligam umas às outras, algo que aumenta a sinergia e consistência dos decks.
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Além de influenciar na criação dos arquétipos, as séries de anime e mangá de Yu-Gi-Oh! possuem certa influência sobre o cardgame no quesito banlist! Algumas cartas vindas do anime para o card game são exageradamente fortes e acabam causando problemas à saúde do jogo, porém, demoram a ser banidas por conta do seu apego comercial.
Há também casos como o do Firewall Dragon, que teve uma errata para se manter fora da banlist.
Além disso, existe também o caso do Red-Eyes Dark Dragoon, uma fusão entre Dark Magician e Red-Eyes Black Dragon, boss monsters dos protagonistas do Yu-Gi-Oh! Duel Monsters Yugi Muto e Joey Weeler, respectivamente.
O card já foi mais relevante no metagame do Yu-Gi-Oh! TCG e sempre foi alvo de pedidos de banimento pelos jogadores, que nunca foram atendidos. Atualmente o card não está em alta entre os principais decks do formato, mas apenas porque a magia que o invoca Red-Eyes Fusion é muito restritiva e pode atrapalhar a maioria das estratégias em alta no momento.
Como trazer novos jogadores para o Yu-Gi-Oh! TCG através das séries de anime e mangá?
As semelhanças entre a série de anime e mangá e o jogo de cartas real são o suficiente para fazer as pessoas se interessarem pelo card game, porém, as diferenças acabam afastando algumas dessas pessoas, seja por estarem muito apegadas a arquétipos que só são fortes na ficção ou até mesmo por encontrar um jogo mais complexo, com diversas regras e mecânicas para se aprender.
Assim, uma alternativa que considero muito interessante é a de lançar uma série focada em apresentar o funcionamento do card game ao público em geral, abordando questões de deckbuilding, regras, banlist e metagame.
Além disso, apresentar arquétipos mais modernos e que conseguem competir em torneios é uma excelente jogada tanto para sugerir decks para novos jogadores, quanto para estimular a venda de novos produtos da franquia. Algo similar ocorre no mangá Yu-Gi-Oh! OCG Structures, que apresenta arquétipos mais frequentes no cenário atual do Yu-Gi-Oh! além de também mostrar o uso de handtraps.
Conclusão
Para obter mais informações sobre o universo Yu-Gi-Oh! TCG continue acompanhando nossos artigos, a Cards Realm agradece a sua colaboração!
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