Yu-Gi-Oh TCG

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Yu-Gi-Oh!: 5 maiores erros na hora de montar seu deck!

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No artigo de hoje, apresentarei 5 erros de construção de deck que você deve evitar ao montar uma nova decklist e como lidar com eles.

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によってレビュー Tabata Marques

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Introdução

Dentre os diversos conceitos presentes no Yu-Gi-Oh! TCG, deckbuilding é um dos que considero mais importantes e interessantes, tanto para os decks do meta quanto para decks mais casuais.

Grandes jogadores costumam seguir um padrão de organização ao construírem seus decks, o que pode tornar decks do mesmo arquétipo muito parecidos, e quando uma lista finalmente se sobressai das demais, é comum que seja “copiada” por outros jogadores e se torne tendência no metagame.

Porém, há jogadores que optam por não copiar as listas padrão por considerá-las engessadas e sem criatividade, e decidem usar uma decklist própria e única, construída por eles mesmos, o que pode ser visto como “usar uma lista errada” ou ruim por muitos.

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Particularmente, não acredito que toda lista diferente do padrão esteja errada, principalmente quando a diferença é por conta de cards de valor elevado que você precisa substituir, mas, para estar “bem montada”, sua lista precisa manter a consistência e sinergia do deck para que ele funcione bem.

Assim, separei 5 erros que podem vir a prejudicar o desempenho do seu deck e que você deve evitar ao construir uma nova build!

1. Maximizar o número de cartas desnecessariamente

Os decks de Yu-Gi-Oh podem usar de 40 a 60 cards em seu main deck, e exceto por algumas exceções, o ideal é manter seu deck com exatamente 40 cartas. O motivo é que quanto menos cards, mais próximo você estará de comprar as melhores cartas para iniciar suas jogadas, garantindo a consistência do seu deck.

As exceções a essa regra costumam ser decks que possuem uma engine muito grande, muitas vezes com muitos “garnets” presentes e, aumentar o número de cartas é uma forma de “escondê-los” em seu deck.

Além disso, há alguns momentos onde decks com mais cartas que o convencional tornam-se bastante populares, como ocorreu com o B.A.S.E.D e o Eldlich Cyberse há alguns formatos, que utilizavam 60 cards. Porém, é importante deixar bem claro que esses decks não usavam o número máximo de cartas por ser a nova moda do meta, mas sim porque eles funcionavam melhor dessa forma.

2. Usar muitas cartas “Win More”

“Win More” é um termo para classificar cartas que te fazem oprimir ainda mais o seu oponente quando você já está com a vantagem no jogo, mas que não são boas o suficiente quando você está em desvantagem.

Um exemplo de card “Win More” é Ground Collapse, que possui o efeito de bloquear 2 zonas de monstros no campo. E se usada no deck Kashtira, te permite bloquear todas as zonas de monstros do oponente com mais facilidade.

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Porém, se você já bloqueou 3 zonas de monstros, está claramente em vantagem no duelo e muito provavelmente não precisaria usar este card para vencer. Além disso, em situações onde você está em desvantagem, bloquear 2 zonas de monstros não vai te ajudar, uma vez que seu oponente já combou e colocou suas interações em campo.

3. Não considerar o equilíbrio entre cartas de engine e não-engine

É bastante comum que novos jogadores montem seus decks sem se importar com a quantidade de cards de engine ou não-engine, algo que afeta não só a consistência do deck, como também a sua capacidade de jogar para cima de campos montados por seu oponente, devido a isso é muito importante entender ambos os conceitos e saber equilibrá-los.

A engine de um deck é formada pelas cartas que te ajudam a realizar suas jogadas, como as cartas do seu arquétipo e também cards de consistência, já que eles estão no deck para te fazer alcançar sua engine com maior facilidade. Já a sua não-engine é composta por cartas que não interferem na construção de suas jogadas, ou seja, suas techs, cards responsáveis pela interação com o oponente como handtraps, boardbreakers ou floodgates, por exemplo.

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A grande questão em manter o equilíbrio do deck é manter a sua engine com o número exato de cartas que ela precisa para funcionar de forma consistente, nem um card a mais ou a menos. Isto porque a quantidade de cartas da sua engine é que ditará o espaço disponível que você terá para suas techs. Se o número de techs restantes até completar 40 cartas for muito baixo, você pode considerar aumentar o número de cartas no deck, mas para isso é necessário pesquisar e treinar bastante para tomar a melhor decisão possível.

4. Não considerar o Meta Call na escolha das techs

Além de utilizar uma quantidade adequada de techs em seu deck, você precisa escolher muito bem quais techs irá usar e, realizar um bom Meta Call é essencial para selecionar as melhores opções. Um bom Meta Call não é somente seguir o metagame geral do jogo, mas sim conhecer o “meta” local da região onde você jogará, para assim conseguir se preparar para ele.

Assim que souber quais são os principais decks da sua região, o ideal é utilizar techs que sejam boas contra a maioria desses decks ao mesmo tempo. Se em sua local predominam Sky Striker e Salamangreat, por exemplo, usar Nibiru, the Primal Being não seria uma opção tão boa, pois apesar dele ser ótimo contra o Salamangreat, é inútil contra o Sky Striker. Uma boa opção nesse cenário seria utilizar Kaijus, que são bons contra ambos os decks.

Caso você não saiba quais decks vai enfrentar, a melhor opção é utilizar as techs mais genéricas possíveis. Cartas como Ash Blossom & Joyous Spring e Effect Veiler, por exemplo, costumam ser úteis contra a maioria dos decks e são boas opções, pois dificilmente serão inúteis contra algum deck.

5. Misturar arquétipos que não possuem sinergia

Na tentativa de suprir falhas ou aumentar o teto de poder de um deck, é comum que os jogadores procurem misturar dois ou mais arquétipos, mas essa prática nem sempre funciona como esperado. Para realmente melhorar um deck, é necessário que os arquétipos utilizados possuam uma boa sinergia para garantir sua consistência.

A sinergia entre arquétipos pode estar relacionada a diversos fatores, sejam características de monstros como o tipo, atributo e nível ou até mesmo a efeitos similares, ou que se complementam.

Alguns arquétipos conseguem através de sua própria engine acessar os monstros de um outro arquétipo. Como, por exemplo, o Spright, que através de suas jogadas pode acessar a engine de Live Twin utilizando seus monstros de extra deck Spright Sprind e Gigantic Spright. E também o P.U.N.K, que consegue acessar os monstros Gold Pride após realizar seu combo padrão e usar seus monstros para invocar a Gold Pride - Chariot Carrie.

Também existem sinergias mais sutis, que mesmo não conectando um arquétipo ao outro podem funcionar bem em conjunto, como os arquétipos Invoked e Dogmatika. Assim, se você pretende misturar arquétipos, é de grande importância verificar se essa união é realmente benéfica para o deck.

Conclusão

Mas e aí, o que acharam das dicas? Sentiram falta de alguma outra? Responda aqui nos comentários.

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