Análise dos Banimentos de YGO - Abril 2025
A banlist de Abril de 2025 foi divulgada na noite do dia 06 de abril para entrar em vigor já no dia seguinte, e assim como na banlist passada, seu anúncio ocorreu após o final de um YCS, que dessa vez foi o YCS Houston 2025.
Os jogadores já esperavam pela banlist há cerca de 1 mês, e apesar da demora ela foi excelente e trouxe mudanças além do que se esperava.
Confira a seguir todas as mudanças para o novo formato do Yu-Gi-Oh!
Ilimitadas


Cyber Jar, Eva e Performapal Monkeyboard são nomes esperados entre os cards recém-liberados, e não há nenhuma expectativa de que eles tenham relevância no competitivo.
Ad

Danger!? Jackalope? e Danger!? Tsuchinoko? também não são surpresas, mas possuem um potencial, mesmo que discreto. Isto porque podem servir como engine para fortalecer decks como o Tearlaments, que pode ganhar força num formato com teto mais baixo como o recém-iniciado.
Semi-limitadas


Black Dragon Collapserpent e White Dragon Wyverburster são mudanças surpreendentes, mas que não terão impacto, pelo menos não de imediato. Porém, são extenders muito interessantes e certamente irão voltar a ser relevantes quando novos suportes focados em Dragões de Luz e Trevas forem lançados.

Ext Ryzeal, Ice Ryzeal e Sword Ryzeal sendo semi-limitados de uma só vez é algo que nós jogadores realmente não esperávamos, mas que se tornou uma grata surpresa. Ao diminuir todos os principais starters do deck, a Konami aplicou hits relevantes, mas que mantêm o deck vivo.
Ad

As semi-limitações de Maliss P Dormouse, Maliss P White Rabbit, Maliss In Underground seguem a mesma lógica dos hits no Ryzeal, mas afetam um pouco mais o deck, que é menos consistente que seu concorrente.

Morphing Jar é algo tão esperado que deveria ter sido totalmente liberado ao invés de ir a 2 cópias antes. A razão disso é que ele é lento demais para o Yu-Gi-Oh! atual, por ser um monstro Flip, uma mecânica que está bastante desatualizada.

Snake-Eye Ash e Snake-Eyes Poplar com 1 cópia a mais liberada é uma tentativa de fazer o Snake-Eye voltar a ser um deck jogável, mas ainda assim longe do competitivo.

Unchained Soul of Sharvara com mais uma cópia liberada é um “retorno” interessante, já que pode dar um gás a mais ao Unchained. Não vejo o deck como um meta potencial, mas é com certeza uma boa opção de deck rogue para jogar em torneios de menor expressão.
Ad
Limitadas


Bystial Druiswurm limitado é algo que se esperava há muito tempo, já que ele é o Bystial com o melhor efeito de interação. Além disso, este também é um hit na resiliência do Maliss, que agora contará com menos Bystials para funcionar como extender em suas jogadas.

Dimension Shifter é uma das cartas mais odiadas do Yu-Gi-Oh!, e para a felicidade de nós jogadores, ele finalmente foi limitado. Com o “Shifter” a 1, utilizá-lo é matematicamente inviável, já que é um card que praticamente só funciona no turno 1.
Vejo essa limitação como um grande avanço para a saúde do jogo, já que se trata da restrição de um lingering effect que dura por 2 turnos, algo completamente anti-jogo.

Ad
Master Peace, the True Dracoslaying King retornando ao jogo é nostálgico para os fãs do arquétipo, mas não passa disso. Apesar de se tratar de um monstro que já foi muito opressivo em seu auge, o powercreep do jogo evoluiu ao ponto de tornar sua volta irrelevante.

Mathmech Circular é o retorno mais relevante desta banlist e, com certeza, fará com que decks Cyberse retornem à popularidade pelo menos nesse início de formato. Não vejo seu deck voltando ao meta, mas devido à sua “força”, grande parte dos jogadores deve utilizar pelo menos uma “engine Circular” para fortalecer os combos de uma variedade de decks.

Ryzeal Detonator limitado é mais uma grande surpresa, e acredito que será crucial para retirar o Ryzeal puro do metagame. Contar apenas com 1 cópia de seu boss monster torna o grind game do deck muito ruim, pois é certo que os jogadores irão focar em outs que lidem com esse “Detonator” de forma “definitiva”.
Assim, acredito que os jogadores que se manterem com o eck serão forçados a utilizá-lo em conjunto à uma engine adicional, como Fiendsmith, por exemplo.

Bonfire era uma limitação já esperada, já que o Ryzeal precisava perdê-la para que os jogadores tivessem um motivo para adquirir a Seventh Tachyon, recém lançada por um valor bem alto. Além de ser um hit na ocnsistência do melhor deck do formato, essa limitação também está ligada ao lado comercial da banlist.
Ad

Brilliant Fusion retornando ao jogo é uma decisão considerada arriscada por muitos jogadores, mas que particularmente acredito que não terá impactos negativos no jogo. Vejo o retorno como um agrado para os fãs do arquétipo, que além da volta do seu principal card contarão com novos suportes em breve.

Crossout Designator e principalmente a Triple Tactics Talent são limitações que o jogo precisava há muito tempo, já que estavam presentes nos decks principais do meta desde o formato Snake-Eye. Assim como outras restrições já citadas, essas são muito benéficas ao Yu-Gi-Oh! de modo geral, que agora conta com menos cards para punir handtraps.
Proibidas


Knightmare Gryphon e Link Decoder são banimentos para afetar diretamente o Maliss, mas possuem relevâncias diferentes.
Ad
O “Gryphon” é considerado win more por diversos jogadores, ao usar a lógica de que ele só é invocado quando o jogador já está muito à frente na partida e dificilmente perderia. Porém, um floodgate a menos no jogo é sempre bom. Ainda mais quando é uma carta que sempre retorna ao metagame com o passar de novos formatos.
Já o Link Decoder é um hit direto na resiliência do Maliss, já que através dele era possível jogar em volta da interação de algumas handtraps, como a Ash Blossom & Joyous Spring.

Abyss Dweller e Bahamut Shark são banimentos focados em enfraquecer o Ryzeal, e cumprem bem com esse papel.
“Dweller” é outra floodgate com lingering effect que já devia ter sido banida há muito tempo, e é mais um hit que beneficia a saúde do jogo.
Já o banimento do Bahamut Shark impede que o Ryzeal acesse um omninegate, algo que também é muito bom para o formato. Além disso, enfraquece também o perigoso Mermail.
Opinião Geral Sobre a Banlist
O metagame do Yu-Gi-Oh! tinha entre os principais decks as variantes de Ryzeal e o Maliss, seguidos por Mermail e Blue-Eyes Primite além da presença do Fiendsmith como engine.
Ad
A expectativa para a banlist estava em restringir o uso do Fiendsmith ao dificultar o acesso a engine, que já está no meta há meses. Além disso, contávamos com restrições “em volta” de Ryzeal e Maliss, seguindo a tendência de hits fracos em decks recentes.
Apesar disso, a Konami agiu diferente do que se esperava, e além de mexer em cartas em volta de Ryzeal e Maliss, também semi-limitou todos os starters dos arquétipos. Outra boa tendência e restrições que aconteceram nesta banlist foi a de restringir floodgates prejudiciais ao jogo, assim como também cartas que punem o jogador por usar handtraps, essenciais para vencer partidas no going second.
Acredito que, apesar dos hits, Ryzeal e Maliss permanecerão entre os melhores decks, mas é possível que o Blue-Eyes Primite os supere em representatividade nesse início de formato. O Ryzeal puro deve cair drasticamente em uso no metagame, e a variante Fiendsmith deve se popularizar ainda mais.
Assim, pela primeira vez classifico uma banlist como excelente, pois acertou bastante nos banimentos, limitações e semi-limitações.
Conclusão
Mas e você, o que achou da banlist? Sentiu falta de alguma carta? Deixe sua opinião nos comentários.
Para obter mais informações sobre o universo Yu-Gi-Oh! TCG, continue acompanhando nossos artigos. A Cards Realm agradece sua colaboração!
— Comentários0
Seja o primeiro a comentar